CHUVA, muita CHUVA,
ai amor... amor.
amor que me pões tolo e vaidoso,
que me obrigas, quase, a corar
quando, entre piropos e desejos
me mandas palavras e beijos
como se quisesses namorar.
há dias em que o amor é mais atrevido,
é naqueles dias em que nos fala ao ouvido,
em que sussurra quase sem voz
mordendo os lábios em carícia
em convite pleno de malícia
dando mesmo cabo de nós.
e depois...bem, e depois é assim:
mal chega logo se sente,
inda sem falar já se pressente
que se apaixona por mim
mesmo se eu estiver ausente.
poema, canção, mulher feita
o amor chega a ser varina
pé descalço em cada esquina
convés ou porão não se atina
é uma fragata que ao mar se deita.
e chega sempre cedinho.
quase sempre, pé ante pé,
antes do sol nascer
devagar, devagarinho...
tal como a maré calma,
que p´ras gentes da ralé
mais vale parecer
porque ninguém vende a alma
e o amor... ai o amor é como é.
e mais vale uma palavra sincera
um soneto sentido
que logo se faz quimera,
que logo rompe a primavera
e o amor fica comigo.
e já agora p´ra não quebrar encantos:
que se saiba que os namorados;
que todos os corações apaixonados
antes de se quedarem cansados
são vítimas de amores sem prantos.
segunda-feira, maio 26, 2008
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2 comentários:
Sem palavras...
Bonitas palavras que remetem para a incrível sensação de borboletas na barriga.
Muito bem, tenho a dizer que gostei de ler o teu blog e que acho que deves continuar a escrever.
Infelizmente as férias acabaram mas vai dando noticias...
Beijinhos~
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